(um jeito de brincar com as dores de Pessoa)
O poeta é um inventor.
Inventa um sentir tão triste
e insere em lugar do amor
a dor que nem mesmo existe.
Ah! Poeta, por favor,
olha em volta – por que insistes
em espinho e não em flor?
É da dor que subsistes?
Desses males quais inventas
e quais deles são reais
dentre os sonhos que acalentas?
Não te bastam os teus ais?
Acalma a mente sedenta
e inventa um “não quero mais”.
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