segunda-feira, 6 de abril de 2009

No ano de 2000 uma poesia minha veio parar na internet...
Em 2008 ela foi parar na TV...
Em 2009 ela chegou ao Youtube...

E hoje a descubro "assinada" por uma "jornalista"!
Não sei se devo rir ou chorar, já que eu mesmo sempre digo que meus versos não me pertencem mais... Ainda assim, para que não me esqueça da razão para tê-la escrito, aqui a posto mais uma vez!






Ao silêncio

Não quero o silêncio culto e tácito
das bocas caladas pelo medo;
não quero ouvir os que choram
e os que lamentam em segredo...


Não quero minha voz embargada
pela pressão silenciosa
da solidão que não diz nada
e da razão que se faz muda...
Eu quero o mundo em polvorosa!
Quero a canção, quero o sorriso...
Quero gritar, se for preciso...


Não quero o silêncio assim imposto
como um tapa que arde no meu rosto!
Eu quero o silêncio sim, mas quero ainda
poder falar tudo o que sinta;
poder sentir tudo o que fale...
Eu quero decidir quando me cale!


Não quero a minha voz presa no peito
enquanto o mundo grita ao meu redor!
Eu quero decidir; é meu direito
e não lutar por ele é omissão!
Silêncio! Não consigo ouvir direito!
Há um barulho estranho no meu peito
e não parece ser meu coração!

Reinaldo Luciano

2 comentários:

  1. por mais que nos passemos por pais liberais, que deixam seus filhos e suas poesias serem do mundo, é uma facada.

    nosso desprendimento é tão falso e tão verdadeiro, ao mesmo tempo, quanto o que escrevemos.

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