sábado, 11 de fevereiro de 2012

Amor sem retoques


Ecoa a voz de antigos poetas mortos

cantando amores impossíveis
e mulheres deusas ou vestais...
Amores também mortos ou retortos,
amores incríveis e irreais.
Não são amores! Não mais...

Meu amor não é amor poético
e não cabe em poesia - corpo e forma;
não segue a norma e apenas existe!
Não é alegre! Não é triste...
É apenas amor e nada mais!

Não é o amor da urgência incompreendida
e nem amor de dor ou de insurgência
e nem a dor sem cor da própria vida!
É meu amor cotidiano
sem palavras de efeito ou feito afoito
no afã de um coito ansioso e insano...
É amor - simples amor - e sem retoques;
por mais que eu me recrie e me pincele
ficou rascunho assim em minha pele.





Reinaldo Luciano ©Direitos Autorais Reservados

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

E isso e aquilo

Anseio amor e ardor e o resto
renegando todas as vírgulas
e as reticências dos pontos finais
nas quais não pauso o meu protesto
e não exclamo e nem pergunto
aos pontos juntos sobrepostos
se isso e aquilo são opostos
nas conjunções carnais de meus anseios
expostos na nudez destes meus versos
por isto e aquilo e tudo mais.

E antes que me cobrem travessões
ou façam digressões por inferência
eu antes canto porque insisto
e sempre, e tanto, e tanto mais por isso
resisto ao resto e a tudo mais. 

Reinaldo Luciano ©Direitos Autorais Reservados