terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ira patética

Tua ira não me aflige
e não me atinge a paz conquistada
nas muitas batalhas vencidas
nas poucas perdidas;
carrego na espada quebrada
um sangue rubro que tinge
e finge ser nada!

Não te temo os estertores
e a boca torta que espuma
o sangue da aorta...
Tu morres vazio de dores
e cheio de coisa nenhuma!

Bem antes do parto de tua mãe
eu já era mundo!
Não te temo, infeliz...
Sou fundo - raiz forte enterrada
e não tremo - sou profundo!


Reinaldo Luciano © Direitos Autorais reservados

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